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Gosto de
pessoas simples, que não se vangloriam por possuir coisas... Porque sabem que
coisas são perecíveis e que a qualquer vento forte podem ser levadas...
Gosto de
pessoas simples, como Quintana que escrevia poesias para a Maria de todo o dia
e para o João cara de pão... E que nas
reuniões sociais se sentia isolado, porque o excesso de gente o impedia de ver
as pessoas... (as simples).
Gosto de
pessoas simples porque a matéria de que sou feito é também simples – minhas
origens pertencem ao barro, e ao barro tornarei eu matéria, porque eu alma só a
Deus pertence.
Gosto de
pessoas simples que prefiram olhar mais nos olhos e quase não no relógio,
porque o sabor da companhia é tão proveitoso que o tempo ultrapassa as horas e
entorta os ponteiros...
Gosto de
pessoas simples que falem de saudades, que não reprimam os sentimentos, não
sufoca o amor no peito por capricho bobo do orgulho... Que goste de olhar
estrelas e que descrer que elas morrem...
Porque elas não morrem nunca, pois, é nas estrelas que se encontra a
nossa última inocência...
Por, Agnaldo Tavares
Por, Agnaldo Tavares