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O que nos levam a querer, em algum
instante da vida, o exílio de uma caverna?
É chegado um momento em que deparamos com essa necessidade de uma pausa para apurar todo o
conhecimento que adquirimos ao longo do tempo já vivido. E esta pausa tem de
ser silenciosa, mesmo que os ruídos do mundo externo sejam válidos a nossa
existência material. E agente precisa encontrar a caverna interna, e aí fazer
morada por algum tempo...
Sentimo-nos águia desgastada... Temos
a visão de um futuro promissor... Novas conquistas, mais sólidas... E
percebemos que é preciso fazer o percurso da águia – regenerar – para
alcançarmos vida longa e sabedoria.
Não é nada fácil – não mesmo –, mas restam-nos
apenas duas escolhas lógicas: morrer ou sofrer as dores regenerativas: desfazer
de nosso bico, de nossas garras, nossas asas... Mas, será necessário a atingir
a vértice de nossa montanha...
Precisamos de uma caverna onde nenhum
outro ser perturbe nosso silêncio regenerativo... Uma caverna onde a luz
penetre manhã e noite... Onde possamos encontrar com nós mesmos, auscultar o
silencio da sabedoria...
Sabemos de uma caverna ideal a nossa mais
importante aventura... A distância que nos impõe a ela é o querer. E tem de ser um querer
não forçoso, mas espontâneo...
Esta caverna fica dentro de nós mesmos.
Por, Agnaldo Tavares
Esta caverna fica dentro de nós mesmos.
Por, Agnaldo Tavares